Nasci num dia frio de Inverno, com chuva. A minha querida Mãezinha conta-me que passou o final do dia 27 e madrugada de dia 28 aflita na Alfredo da Costa para que eu nascesse. Nasci com a ajuda de forcepes e com uma goela pronta a gritar ao Mundo que tinha chegado (chorava muito quando nasci). A minha Mãe cansada quando me mostraram a ela, olhou-me de soslaio e perguntou se eu era perfeitinha, disseram-lhe que sim, e ela ficou mais descansada. Deitaram-me em cima dela e ela acariciou-me. Passado pouco tempo já estávamos as duas no quarto a descansar. O primeiro a chegar foi o meu Tio Zé (irmão da minha Mãe), veio da Amadora até S. Sebastião a pé, o meu Pai foi o segundo.
Neste dia, ouço sempre com atenção, os detalhes do meu nascimento (porque há mais...) e gosto de a ouvir contar com aquele entusiasmo todo. Se já gostava desta história, agora que fui Mãe percebo-a muito melhor e ainda gosto muito mais. Hoje de manhã tive o previlégio de poder abraçar a minha Mãe e dizer-lhe que a amo mais que tudo na vida, olhá-la nos olhos e perceber que ela está ali sempre para o que der e vier. Sempre foi assim, forte, determinada, valente, sempre a olhar prá frente, pouco se importa com o que os outros podem pensar ou dizer, o raciocínio dela é que está sempre certo (e está mesmo). É para mim um grande exemplo, a seguir. E porque este dia é meu, mas também é muito teu aqui fica o meu muito obrigada por tudo o que me deste na vida e, sabes... ADORO-TE MUITO MINHA MÃE!!!
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