Nunca, no blogue, comentei sobre este tema. Mas, dada a contenda que parece interminável, preciso de dizer algo. Segundo o que ouvi a Ministra dizer ontem, os professores foram para a mesa da negociação com algumas propostas. A primeira, seria parar com a avaliação. E uma outra, seria o novo modelo de avaliação, alvitrado pelos sindicatos e com a concordância dos senhores professores. Na qual, quem faria a avaliação seriam eles mesmos, numa auto-reflexão introspectiva sobre o seu desempenho, e o conselho executivo das escolas apenas tomava conhecimento do que foi escrito pelos senhores professores.
Olhem, nem sei que diga. Mas que é um grande descaramento da parte dos professores, isso é.
Eu também vou propor este "esquema" de avaliação aqui no meu emprego; Vou à faculdade dizer também que me avaliaram mal e que eu é que devia ter feito uma reflexão introspectiva sobre a minha aprendizagem e desempenho enquanto estudante, assim subia a média.
Senhores Professores, tenham dó, assim não há Ministro que vos resista. Chego até, começar a entender os motivos da Dra. Mª de Lurdes Rodrigues, com interlocutores destes na mesa de negociações, não há quem resista.
Se a avaliação de desempenho, já por si, nos moldes tradicionais, tem uma enorme carga subjectiva, então como os senhores professores pretendem, nem se fala. Caramba, nós não somos naifes, todos sabemos que estas avaliações têm dois objectivos: 1º Premiar quem merece; 2º Penalizar quem merece ser penalizado. Custa, não é? Pois custa, e olhem que sei do que falo! Mas também não é o fim do Mundo. Se as pessoas não servem para dar aulas, servirão para outros desafios de certeza.
Começo a acreditar que algumas pessoas, neste país, precisa não de um José Sócrates, mas de vários.
Mas, se assim for, eu depois, piro-me daqui para fora.
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