Moro na Amadora desde que nasci. E tenho saudades da minha cidade como era antigamente. Quando andávamos na rua e as pessoas se cumprimentavam e se conheciam todas, por este motivo ou aquele. As crianças podiam brincar nas ruas, não havia problemas de estacionamento, as ruas eram asseadas e todos se respeitavam, os poucos espaços verdes existentes eram gozados na sua plenitude.
Lembro-me do início dos bairros de lata que agora rodeiam a cidade e que teimam continuar a existir. Nos prédios do centro da cidade agora já não moram locais, esses foram-se embora, ou morreram e os seus descendentes decidiram alugar o imóvel a imigrantes, africanos, brasileiros, chineses, romenos, enfim uma panóplia de nacionalidades.
No outro dia de manhã, já vinha atrasada para o emprego (e por isso não pude ir deixar o carro à garagem que ainda fica longe) e decidi estacionar o carro nas traseiras da Segurança Social da Amadora (junto à Tesouraria da mesma, para quem conhece é fácil de localizar). Bom, quando saio do carro e me dirijo ao parquímetro para retirar o ticket do estacionamento, reparo que tinha os pés numa poça com urina.
Então o que se passa? O local fica debaixo de umas arcadas e os sem abrigo da cidade decidiram fazer daquilo a sua casa à noite, e então têm grelhadores, caixas de papelão, fazem da rua a sua casa de banho, enfim... pernoitam ali e ninguém faz nada. Quem se dirige à Tesouraria da Segurança Social depara com aquele espectáculo, e o CHEIRO, meu Deus, O CHEIRO, SERÁ QUE NINGUÉM REPARA NO CHEIRO!!!
BASTA...!!!
A cidade está a precisar que durante a noite as RUAS sejam LAVADAS, e que as instituições sociais da área encontrem um sítio para aquelas pessoas pernoitarem. Sim... a autarquia não deve só gastar dinheiro em corridas de atletismo, e festas com ranchos folclóricos. EM PRIMEIRO ESTÃO AS NECESSIDADES BÁSICAS DAS PESSOAS.
Outra coisa, será que ainda ninguém reparou que não existe no CONCELHO, reparem... não é numa freguesia, é no CONCELHO, uma única LIVRARIA!!!
ARRE!!! Que é demais.
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