19 setembro 2008

Eu e as minhas frivolidades

Desde muito cedo que me habituei, na presença de alguma dificuldade, a adoptar uma postura aligeirada e até de alguma indiferença perante os acontecimentos. O divórcio dos meus pais "moldou-me" assim. Embora eu, nunca tenha presenciado nenhuma discussão entre os dois, eles são pessoas inteligentes e pouparam-me a isso. Mas, para mim, o choque ainda foi maior porque eu pensava que estava tudo bem... Muitas coisas contribuiram para a sua separação, uma delas foi o afastamento de casa do meu Pai para ir para o Ultramar (aquela malfadada guerra na Guiné...) e as suas posteriores comissões já em território nacional. Lembro-me bem de o ir levar ao navio no Cais da Rocha Conde de Óbidos e de ver a minha Mãe chorar a sua partida.
Costumo guardar para mim, cá dentro, as coisas menos boas da minha vida, e consigo resolvê-las à minha maneira. Tenho outras... talvez um dia fale sobre elas.
Eu gosto de olhar em frente, e sou uma pessoa optimista por natureza, o olhar para o retrovisor deixa-me angustiada e não gosto da sensação.
Mas... o que é que isto interessa?

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